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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Top 10 dos melhores filmes de 2012

Tenho de afirmar que 2012 foi um bom ano para filmes. Tivemos tanto filmes bons como filmes menos bons, e até houve espaço para os horríveis, por isso podemos dizer que houve um certo equilíbrio nos gostos de cada um. No entanto, há sempre aqueles filmes que mais nos impressionaram, mais nos fizeram rir, chorar, borbulhar o nosso sangue à medida que o enredo vai desenrolando. São esses os filmes que presto homenagem neste post.
Não vou dizer que fui ao cinema sempre que um grande êxito chegava às salas de cinema, mas as minhas idas foram suficientemente frequentes para me sentir apto a dizer quais os filmes que mais me encantaram ao ponto de os colocar nesta lista. Posso não ter visto o último 007 ou mesmo o Looper (que eu esperava ver no mesmo dia em que fui ver o Arbitrage), entre outros, por isso a minha lista pode não ser totalmente do vosso agrado. Mas esta é uma opinião pessoal, algo objectivo, no qual tenciono eleger e explicar as minhas escolhas.
Antes de apresentar a minha lista dos 10 melhores filmes de 2012, tenho de mencionar dois deles que, por certos aspectos, não tiveram lugar nesta lista mas que gostei o suficiente para poder aqui vir falar deles. Serão as chamadas Menções Honrosas.

MENÇÃO HONROSA #1

Balas & Bolinhos: O Último Capítulo

A minha primeira Menção Honrosa vai para um filme português cuja fama percorreu Portugal em grande velocidade após os filmes anteriores. Para quem leu a crítica que fiz em Setembro, sabe o porquê deste filme ter ficado fora da lista. Apesar de bem executado e engraçado, a salgalhada de histórias que se enrodilhavam no enredo principal (não tendo sequer qualquer influência na mesma) tornou o filme confuso. A falta de um enredo linear que tão bem resultou no filme anterior tornou esta película numa montanha-russa de conveniências, coincidências e ainda inconsistências. Um bom filme, mas não superou as expectativas.



MENÇÃO HONROSA #2

Men in Black 3

Sabendo o fracasso que o anterior foi, não pude deixar de torcer o nariz ao saber não só da existência desta continuação, mas também do que se tratava. Acabou por não ser assim tão desagradável como pensava. Will Smith continua divertido como o Agente J e Tommy Lee Jones mantém a sua personalidade de pedra do Agente K, mantendo a tão conhecida dupla. Apesar do enredo ter sido visivelmente superior ao filme anterior, não foi tão bom como o primeiro. Piadas um tanto forçadas (e muitas vezes sem piada), momentos confusos e outros aspectos afastaram este filme de um lugar no Top 10. No entanto, o ritmo é bom, a história é interessante e há acção suficiente para deixar o espectador com vontade de ver como tudo se vai desenrolar.


E com ambas as Menções Honrosas atribuídas, passemos então ao Top 10 dos melhores filmes de 2012 (na minha opinião).

Nº 10

Ted

Do criador de Family Guy, American Dad e The Cleveland Show, Seth Macfarlane entrega-nos uma jóia de puro humor sem quaisquer medos. Ted é a história de um urso de peluche que ganhou vida quando o pequeno John Bennett desejou que este fosse real. Apesar de companheiros de brincadeiras, John eventualmente teve de crescer, e Ted acompanhou esse crescimento, tornando-se tão irresponsável e imaturo quanto o seu melhor amigo. As coisas começam a mudar quando Lori, namorada de John, exige que Ted se afaste para que ambos possam ter uma vida juntos. Conflitos não faltam, e no meio do imenso humor que faz lembrar Family Guy houve espaço para lições de moral e momentos emotivos. Sem dúvida um dos melhores trabalhos de Seth Macfarlane.


Nº 9

The Hunger Games

Não fui dos que se juntou à cacofonia de vozes que aclamavam este filme por ser muito bom, quando a maioria nem tinha lido o livro ou sequer tido conhecimento da existência de tal livro. Eu vi por pura curiosidade e, apesar de não ter lido ainda o livro, posso dizer que até gostei da experiência. The Hunger Games é suspeitosamente parecido com uma história de origem japonesa chamada Battle Royal, simplesmente porque o foco principal de ambas as histórias é muito idêntico: um grupo de jovens é enviado para um lugar isolado e são obrigados a matarem-se uns aos outros até que haja apenas um sobrevivente. O que difere as histórias é o facto de enquanto Battle Royal se focar nos jovens, nas suas histórias e objectivos de vida, relacionando-nos com eles e fazendo-nos ter vontade de torcer por eles, The Hunger Games foca-se na mórbida sociedade onde a história se passa. É uma abordagem interessante, tendo em conta que toda a sociedade é muito diferente daquilo que alguma vez vimos noutras histórias. É bizarro ver o destaque que dão à matança que se desenrola entre os jovens, tratando tudo como se fosse um doentio reality show. Pouco ou nada sabemos da maioria dos competidores, e o enredo é previsível o suficiente para sabermos quem vai vencer. No entanto, não deixa de ser um filme interessante.


Nº 8

Chronicle

Filmado ao estilo primeira pessoa, Chronicle relata a história de três rapazes que ganham poderes mentais após fazerem uma estranha descoberta no meio de uma floresta. O filme vai acompanhando com maior destaque um deles, o introvertido Andrew, enquanto este desenvolve os seus poderes e os usa para ganhar o protagonismo e o respeito que sempre quis ter. É interessante ver como estas personagens se vão desenvolvendo ao longo do filme, usando os seus poderes não da tão genérica forma controlada dos típicos super-heróis, mas para fazer o que querem. Andrew torna-se então o mais ambicioso dos três, não encontrando limites morais para o uso das suas capacidades e distribuindo horríveis castigos àqueles que o atormentaram no passado. Este é um excelente filme que mostra o que acontece quando um grande poder é colocado nas mãos erradas, acabando por tornar o seu usuário num autêntico monstro.


Nº 7

Resident Evil: Damnation

Se estavam à espera do filme de Paul W. S. Anderson, então podem esperar sentados porque esse foi, na minha opinião de fã de Resident Evil, um dos piores filmes do ano. Damnation, por outro lado, conseguiu captar com bastante fidelidade o ambiente dos jogos, que foram a origem de tudo. Para quem viu este filme e o Resident Evil: Degeneration sabe o quão melhorada a imagem ficou em comparação com ambos os filmes. A história é também bastante interessante, apesar de não ter grande conexão com os jogos. Felizmente, a existência das personagens que nos habituámos a ver torna o filme familiar. As vozes estão bem interpretadas e encaixadas nas respectivas personagens, e as suas personalidades fazem-nos desejar que sobrevivam ao inferno em que se meteram. Se gostam de Resident Evil, este é um bom filme para se deliciarem.


Nº 6

The Amazing Spider-Man

De todos os super-heróis da Marvel, este é o meu favorito. Muita gente detestou o 3º filme da trilogia de Sam Raimi (e eu confesso que o filme tinha muitas falhas), mas para mim não deixou de ser um bom filme. Quando soube que iam fazer um reboot e introduzir uma nova origem do Cabeça-de-Teia, eu torci o nariz, principalmente depois de ver algumas cenas do trailer. Apesar de não ter sido o falhanço total, o que colocou este filme em sexto lugar foi o facto de não me parecer tão bom como o que saiu em 2002. Claro que os efeitos ficaram muito melhores, mas em termos de história e personagens não achei que fosse tão bom. Um dos pontos positivos foi a presença de Gwen Stacy e a sua personalidade independente; uma grande lufada de ar fresco que é muito superior à dependente Mary Jane da trilogia anterior. Contudo, o Peter Parker desta versão não me pareceu tão nerd nem tão atormentado como a personagem interpretada por Tobey Maguire. As piadas deste Homem-Aranha pareceram-me mais forçadas e um tanto estúpidas, e o vilão não cativou tanto nem era tão diabólico como o Green Goblin. Contudo, The Amazing Spider-Man foi uma grande experiência, e para fãs deste super-herói, esta película é indispensável.


Nº 5

Dredd

Mesmo quando estava à espera de uma produção ainda pior que o original de 1995, eis que me deparo com uma versão muito melhor. Dredd é aquilo que Judge Dredd deveria ter sido caso tirassem a história estúpida, o ambiente pouco convincente, o Sylvester Stalone e as suas piadas idiotas e, principalmente aquele maldito Rob Schneider. Dredd é um filme cujo ambiente negro e desolador coincide perfeitamente com o distópico futuro que a narração da versão de 1995 tenta transmitir, mas que falha redondamente em demonstrar. Dredd é mais sério, mais cumpridor da lei, e nesta história pouco ou nada sabemos sobre ele, para além de ser um Juiz dedicado à Lei e à Ordem. Nós nem sequer lhe vemos o rosto durante todo o filme (ao contrário do original). A história é simples e parece mais um episódio de uma série do que algo de importante. Dredd e uma mulher com capacidade de ler a mente juntam-se para travar um gangue que fabrica e comercializa uma perigosa droga. Quando chegam ao local, a líder do gangue fecha o prédio e inicia uma caça aos dois Juizes, levando-os a lutar pela vida enquanto tentam desmantelar a organização. Muito mais negro e muito mais sério, Dredd é a prova que nem todas as versões recentes de filmes mais antigos são piores que os originais.


Nº 4

The Dark Knight Rises

Tive algumas dúvidas em relação a este filme e a Dredd, e acabei por escolher este para figurar no quarto lugar do Top. E a razão é simples: como disse no número anterior, Dredd pareceu-me um episódio de uma série. Não houve resolução para o herói, não houve uma grande moral e nem sequer uma história pessoal. The Dark Knight Rises, por outro lado, é a continuação de uma cruzada pessoal. Desta vez, Bruce Wayne tem de voltar a enfrentar os seus demónios do passado enquanto impede que a cidade de Gotham seja destruída. Apesar de ter sido uma grande produção, e de estar muito bem feito, assim como adorar as performances de cada personagem, o enredo não chegou para superar a genialidade de The Dark Knight. O vilão Bane não me pareceu muito ameaçador, e a luta entre este e o Batman não me pareceu muito emocionante. Contudo, há-que dizer que Christopher Nolan encerrou a trilogia de uma boa forma, mostrando ao mundo que o Cavaleiro das Trevas não precisa de ter super poderes para ser um dos melhores super-heróis de todos os tempos.


Nº 3

The Avengers

Eu coloquei este filme acima do The Dark Knight Rises por várias razões, mas uma delas foi por aquilo que a imagem do poster mostra: Os Vingadores, a equipa de super-heróis mais famosa de sempre. Eu gosto imenso de super-heróis (como já se pôde ver pelas minhas escolhas anteriores), por isso o meu entusiasmo quando soube da vinda desta magnífica película. Os filmes anteriores estavam a preparar, o trailer prometia, e o filme soube cumprir, excedendo as expectativas. The Avengers não é apenas um filme sobre super-heróis lutando contra as forças do mal: cada um dos heróis tem as suas próprias personalidades, os seus demónios interiores, e entenderem-se à primeira não é uma tarefa fácil. Mas lá conseguem esquecer as suas divergências, à medida que se apercebem que o que têm em comum é o mais importante, e se juntam para o confronto final, uma cena de batalha tão épica que acabou por saber a pouco. Para um fã de super-heróis, não ver este filme é um pecado.


Nº 2

The Hobbit: An Unexpected Journey
Apesar das falhas apontadas no post anterior, e apesar de termos dado uma classificação de 7,5 em 10, tenho de admitir que este filme ficou muito superior a todos os outros desta lista, e ainda de outros que não cheguei a ver em 2012. Sempre fui um grande fã de fantasia, e esse fascínio aumentou quando tomei conhecimento das obras de Tolkien e da épica demanda narrada em O Senhor dos Anéis. Por isso a minha grande expectativa quando fui ver este filme, pois quase uma década se passou desde o último filme da saga anterior. Pode não ter sido o filme perfeito, mas esteve muito acima de muitos outros. Para quem quiser saber mais sobre a nossa opinião acerca do filme, pode ler o post anterior e ficarão a saber o porquê deste filme ter chegado à posição em que chegou.


No entanto, apesar de este filme ter sido fenomenal, apenas chegou ao nº 2 deste Top. Pois houve um que este ano se tornou ainda melhor e ainda mais épico.

Nº 1

To Boldly Flee

Ok, eu confesso que fiz um pouco de batota nesta escolha, visto que To Boldly Flee não é um filme, mas uma mini-série de oito partes. Contudo, foi uma produção que visou celebrar o quarto aniversário do website thatguywiththeglasses.com, que em 2010 e 2011 lançou outros dois filmes (Kickassia e Suburban Knights), e este foi como o último de uma trilogia. Por isso, se virmos todas as partes de uma só vez, podemos considerá-lo como uma muito longa metragem. O que faz deste filme melhor que The Hobbit? A resposta é simples: junta tudo aquilo que mais gostamos e entrega-nos de uma forma hilariante e épica. Filmado com um orçamento muito baixo em comparação com as produções de Hollywood, To Boldly Flee conta a demanda espacial que o protagonista Nostalgia Critic faz na companhia de outros colaboradores do website, com o objectivo de descobrir o que aconteceu com Ma-Ti, que morreu no fim do filme anterior. Enquanto isso, ele vê-se perante uma ameaça em busca de vingança. Todo o filme é uma mixórdia de piadas e referências que conseguem pôr o espectador atento a toda a hora. A história é soberba e consegue envolver o vasto elenco de personagens, não deixando nenhuma de fora. A banda sonora é cativante e ajuda a prender o espectador ao ecrã. As referências envolvem um pouco de tudo aquilo que adoramos ou detestamos, desde Star Wars, Star Trek, Matrix, Cowboy Bebop, Judge Dredd, Robocop, entre outras. Sem dúvida um dos melhores filmes do ano, que prova que não é preciso um grande orçamento nem grandes cenários para se conseguir uma história sublime.



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